terça-feira, 3 de março de 2009

Carlirtos e a Chuva












Efêmero movimento 
inacabado
Milhares deles dançando 
Freneticamente

Caem solenes 
“Tremitando”  
na retina amarelada do tempo,  
a alegrar os guarda-chuvas

- Não vai até ponte Carlitos! 
[me advertiu o pensamento] 
Que o cheiro é ácaro
Gosto de vento 
Sinal de mau tempo
 
Violento despertar das folhas
e os galhos 
e os ramos 
da quina do muro despencam

Em cada pingo 
olhos a me olhar 
Os mesmos que usei 
para ver a chuva chegar!

2 comentários:

  1. A expressão "caem solenes" soa para mim como um rito ou uma cerimônia que convoca os olhos para ver o que está acontecendo. Talvez o movimento esteja inacabado porque o nosso olhar que está acompanhando pode completar o cenário. Muito bom, Cássio!!!

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  2. Valeu Lucas... São visões de uma chuva que cada um vê.

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