sábado, 21 de agosto de 2010

SAPATOS
















Meus sapatos na calçada.

Um par de olhos negros

prontos ao start diário

Enérgico frenesi

Nas ruas, prédios, carros

gélidos e distantes

Atrasados

um vai e vem

desregrado, desmedido

sentimentos desconexos.

Sentado na janela do décimo quinto andar

um menino solta bolhas de sabão.

Curvo-me, e descalço

flutuo até a próxima esquina...