Mais uma vez o velho amigo
se apresenta
se apresenta
um consolo, apelo, um sorriso, um riso,
alívio
O companheiro das madrugas
das chuvaradas, das palavras soltas, largadas,
afogadas
Mais uma vez o amigo está aguardando
com tons de nostalgia
Tantas vezes despercebido, esquecido, estarrecido ante a brancura
das palavras escritas
E na verdade quem escreve?
E quem se deixa escrever?
Não é o papel em branco quem escreve através do autor?
*Do livro De tempo a Vento